segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Portas abertas

Não é a dor, não é a felicidade e muito menos a insegurança ... o que me angústia é a incrível sensação de não sentir nada. Quando um ciclo da sua vida termina a dor daquele fim parece te arrebatar de uma tal forma que você não sente mais a força de suas pernas te impulsionando a prosseguir, mas o tempo passa e junto a ele aos poucos se vai aquela dor angústiante, todo o desespero, a falta, as lembranças vão diminuindo, o que não quer dizer ao certo que o amor acabou, você simplesmente aprendeu a se amar em 1º lugar e esse amor te tornou mais forte e menos suscetível aos enganos da vida. Mas quando você pensa que tudo está solucionado, você ainda tropeça em certas lembranças, por certas fotos, onde a 'pontinha' de saudade é inevitável e nesse momento você percebe que alguma coisa mudou. Mudou o fato de não doer mais, o fato de ser uma lembrança boa e saudável, ao invés de dolorida. Você não procura mais por ele em meio a multidão, porque agora você já não se sente mais perdida, você já se encontrou. Seus objetivos passam a ser outro e sua vida gira em torno de novos sonhos, a dor devolve as rédeas da sua vida a você, que desempenha muito bem o papel de guiá-la. As coisas vão acontecendo com mais naturalidade e finalmente você permite que elas aconteçam. Porque aprendeu que se deve parar a dor, antes que ela se transforme em medo. Você sente que chegou a  hora de dar espaço a coisas novas, a histórias, sorrisos e emoções novas, mas não há desespero, apenas a porta está aberta para a felicidade e sem dúvida ela será bem vinda. E a garotinha que antes acreditava em tudo e todos, hoje apenas acredita que existe um mundo onde os mais preparados sobrevivem.

Então não se preocupe por mais que o seu céu esteja coberto de nuvens o sol irá sair, ele SEMPRE sai.

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