segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Amor

“É o amor, não o tempo, que cura todas as feridas.”


Amor, respeito, carinho, afeto, desejo, necessidade, paixão, companheirismo, escolha, união ... vidas oposta em prol de um único objetivo, fazer o outro feliz. Porque esse é o verdadeiro amor, quando você procura em alguém sua felicidade, quando você está com alguém com o propósito que essa pessoa te faça feliz, é porque você não a ama. O dia que você estiver com alguém com o principal objetivo de FAZER essa pessoa feliz, com a imensa vontade de ver um sorriso brotando de seus lábios e por simples consequência essa felicidade te fizer feliz, pois um dos objetivos mais importantes e prazerosos de sua vida é ver quem você ama sorrir, isso ... isso é amor. A falta de egoísmo, o pensar no outro, os problemas compartilhados e forças sedidas, o lutar junto, a consciência de que têm um ao outro e que os probllemas podem vir, pois estarão lado a lado, juntos em busca da mesma solução ... isso é amor. Nem o melhor dos poetas soube definir o que é, soube explicar o que é preciso ter para classificar um sentimento como amor, até porque varia muito de pessoa para pessoa, de experiências de vida, cada um ama de uma forma, demonstra de uma forma e eu não sou nem de longe alguém que definirá o sentimento mais importante do mundo, o sentimento que origina afetos e atitudes tão admiradas. Mas uma coisa eu afirmo, em todo relacionamento que haja amor, há preocupação com o outro, doação, isso é comum a todo e qualquer tipo de amor.
Muitas vezes eu ouvi pessoas serem questionadas, até mesmo eu, a seguinte coisa: Não é muito cedo para dizer que ama ? E não me continha a pensar: Ué, agora existe tempo determinado para amar ? Me diz ai, quanto tempo é preciso para o tal amor existir ? Essa é nova, agora existem regras, pré-estabelecidas para amar alguém. É por isso que há tanta falta de amor no mundo, tanto ódio, tanto rancor. Eu prefiro e ouso perguntar: Não é muito cedo para dizer que odeia ? Afinal, o amor, o verdadeiro e puro, não faz mal a ninguém, não destroí vidas, não mata para obter o que quer, isso é obcessão fantasiada de amor.
NÃO estou aqui defendendo a famosa tese de que ‘eu te amo’ é bom dia e que você pode falar isso para qualquer um na rua, não, não é isso. Estou para explicar que existem várias formas de amor. Amor de pais, amor de irmão, amor de amigo, amor solidário, amor próprio, amor de namorado, de marido e mulher. Eu AMO muitas pessoas, sim, eu amo ... mas são amores diferentes, muitas vezes amo sem falar, mas tenha certeza se um dia eu disse que amo, é porque eu tinha certeza do que estava falando. Sempre acreditei que só sentimos o amor eros ( amor de homem e mulher ) uma vez, que só sentimos essa necessidade de dividir para sempre a vida com alguém uma vez, mas isso não torna todos os ‘eu te amo’ que você disse para namorados (as) anteriores uma mentira, você podia amar e muito, mas o tempo te fez perceber que era um amor diferente, um querer bem diferente, era um amor fraterno. Para isso existe o namoro, ele serve para que você conheça quem está ao seu lado, para que você tenha tempo de entender seus sentimentos, para que VOCÊS aprendam um com o outro, descubram o que vale e o que não vale a pena, para que ambos vejam se é isso que verdadeiramente querem. Só não esqueçam, amar não é vergonha, não tenha medo de dizer que ama cedo demais, afinal ‘a boca fala o que o coração está cheio’, não sufoque seu coração, diga que ama, sem medo de assustar quem vai ouvir, sem medo de ser perguntada (o)  se é cedo demais, mas só fale se for verdade, se você souber o que sente, mesmo que não haja certeza de qual tipo de amor se refere, tem que haver certeza que é AMOR, seja ele qual for.
E antes que me perguntem, eu sou uma pessoa extremamente apaixonada, eu amo muito todas as pessoas que a mim são importantes e eu digo que as amo, sem medo, sem vergonha, mas também, já escondi, já adiei, já sufoquei meu coração, por muitos motivos. Por medo da reação, por não saber se valia a pena, por não saber ainda que tipo de amor sentia, do que eu era capaz, mas não deixe passar muito tempo, não espere ser tarde demais, porque as vezes tudo que a pessoa que está ao seu lado precisa ouvir é isso ... ou não, mas você só saberá se arriscar, então arrisque-se, pois amor guardo para si morre sozinho simplesmente porque não teve oportunidade de ser propagado e de ser correspondido.
Um brinde ao amantes, aos amados, ao amor ... !

domingo, 19 de dezembro de 2010

Diz pra mim

"Conta pra mim de onde a gente se conhece. 
De onde vem a sensação de que sempre esteve aqui, quando eu sei que não estava. 
Conta por que nada do que diz sobre você me parece novidade, como se eu estivesse lá, nos lugares que relembra, quando eu sei que não estive.
Conta onde nasce essa familiaridade toda com os seus olhos.
Onde nasce a facilidade para ouvir a música de cada um dos seus sorrisos.
Onde nasce essa compreensão das coisas que revela quando cala.
Conta de onde vem a intuição da sua existência tanto tempo antes de nos encontrarmos. (...)
De onde vem essa prece que repito a cada noite, como se a fizesse desde sempre, para que todo dia seu possa dormir em paz.
De onde vem o sentimento de que nossas almas dialogavam muito antes dos nossos olhos se tocarem.
Conta de onde vem essa certeza de que, de alguma maneira, a minha vida e a sua seguirão próximas, como eu sinto que nunca deixaram de estar..."

Dedicada ...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Destino

 "Não se afobe não que nada é para já, o amor não tem pressa ele pode esperar em silêncio ..." ( Chico Buarque )

 Talvez nunca mais se cruzem. 
Talvez ela mude de emprego, alugue um apartamento novo de frente para um pracinha com uma única árvore, comece a acordar às cinco da manhã, passe o café enquanto procura um par de meias, venda o carro, comece a pegar duas lotações para chegar no novo emprego, ache até bonito o uniforme, quem sabe canse no fim do dia, chegue atrasada no ponto de ônibus, não tenha o dinheiro para o táxi. 
Ele deve ter escolhido ficar em São Paulo, ou no Rio de Janeiro ou em Brasília, não importa aonde ele tenha ficado, talvez ele queira ganhar muito dinheiro, comprar um flat de frente para o mar, viajar para Dubai no próximo feriado, comprar um carro novo, pedir para alguém fazer seu café, ter uma sala só para ele no andar mais alto do prédio, sapatos de couro, meias bem alinhadas, talvez ele preferisse ternos mais claros, um cartão com limite mais alto. 
Eles não souberam quando começaram ou terminaram, se por algum momento a mágica do “nós” chegou a acontecer, se podia ser amor ter vontade de dividir uma pizza. 
Talvez ela quisesse somente uma companhia, alguém para chamar de “amor”, um par de meias novas no Natal e passear na pracinha que tem apenas uma árvore.
Ele quis um apartamento maior, a estabilidade que pode ser superficialmente alcançada, um salário mais proveitoso. 
Nunca disseram adeus, nem até mais, nem qualquer outra coisa que desse possibilidade de um fim ou de um próximo encontro; terminavam as conversas com beijos, quando mais frios com abraços. 
Talvez ele a ame. 
Talvez ela quisesse saber disso. 
Por causa da mudez das emoções que sentiam, eles não sabiam que destino davam a si. 
O bonito deles é a coisa mais simples em suas histórias: de alguma forma silenciosa e cheia de esperança, eles esperavam um pelo outro, embora nenhum pedido tenha sido feito.
                                                                    (Cáh Morandi)



Esse texto foi retirado do blog da: http://thiararibeiro.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A falta

Há bilhões de pessoas no mundo, todas diferentes.  Pensamentos, crenças, sonhos, esperanças ... expectativas e visões diferentes sobre o mundo. Em meio a tantas diferenças, me questiono que sentimento é esse que nos une a alguém e nos faz partilhar sorrisos, sonhos como se fossem totalmente iguais. Que sentimento é esse que nos faz ceder, que nos faz ter compaixão, querer o bem de alguém e lutar por esse bem? Que sentimento é esse que nos faz unir vidas, sentimentos em prol da construção de uma família? Que sentimento é esse que se tornou tão instinto?

 É o amor, mas não o amor carnal e banalizado que vem se propagando com veracidade dentre os jovens. Eu cito o amor divino, puro, real. O amor que palavras não descrevem, que instinto algum faz esquecer, cito o amor regido pelo cultivo de cada dia, pelo respeito, carinho e cumplicidade, não o amor regido pelo imediatismo, pela troca de prazer, pela utopia. É o amor que tudo suporta, que tudo cura e tudo crê que eu quero citar aqui, o amor criado por Deus e não por falsas ideologias sustentadas na ilusória promessa da felicidade. A cada dia mais atrocidades acontecem, mais violência é gerada e mais desamor cultivado e eu teimo em dizer e bater na tecla que tudo isso é gerado pela falta de amor entre as pessoas. Gerado pela falta de fé, falta de fé na realidade de que juntos somos capazes de mudar, falta de fé em Deus, falta de fé no amor, tanto o amor próprio quanto o ao próximo.  Falta dar o devido valor, valor ao próximo, a si mesmo ... é preciso entender que ninguém irá te respeitar sem que você se respeite primeiro. É PRECISO AMOR, amor de pai e mãe, amor de irmão, amor de amigo, amor de marido e mulher, amor de namorado, amor só por amor, sem interesses, sem ideologias, sem orgulho, sem maldade. Porque se houvesse amor, ou melhor, se as pessoas acreditassem no amor, tiroteios não seriam necessários, prisões não existiriam. Utopia? Não, a única solução é essa, propagar o amor, o respeito, a fé. Porque balas disparadas formam novos bandidos, prisões o tornam mais revoltados e não solucionam o problema, invasões não cicatriza as feridas existentes. Estamos lidando com seres humanos que por pior que sejam seus atos, são imagem e semelhança de Deus. Um erro não justifica outro, é preciso propagar amor, não violência. 



“ Onde houver ódio que eu leve o perdão, onde houver discódia que eu leve a união” ( Oração de São Francisco de Assis )