quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A falta

Há bilhões de pessoas no mundo, todas diferentes.  Pensamentos, crenças, sonhos, esperanças ... expectativas e visões diferentes sobre o mundo. Em meio a tantas diferenças, me questiono que sentimento é esse que nos une a alguém e nos faz partilhar sorrisos, sonhos como se fossem totalmente iguais. Que sentimento é esse que nos faz ceder, que nos faz ter compaixão, querer o bem de alguém e lutar por esse bem? Que sentimento é esse que nos faz unir vidas, sentimentos em prol da construção de uma família? Que sentimento é esse que se tornou tão instinto?

 É o amor, mas não o amor carnal e banalizado que vem se propagando com veracidade dentre os jovens. Eu cito o amor divino, puro, real. O amor que palavras não descrevem, que instinto algum faz esquecer, cito o amor regido pelo cultivo de cada dia, pelo respeito, carinho e cumplicidade, não o amor regido pelo imediatismo, pela troca de prazer, pela utopia. É o amor que tudo suporta, que tudo cura e tudo crê que eu quero citar aqui, o amor criado por Deus e não por falsas ideologias sustentadas na ilusória promessa da felicidade. A cada dia mais atrocidades acontecem, mais violência é gerada e mais desamor cultivado e eu teimo em dizer e bater na tecla que tudo isso é gerado pela falta de amor entre as pessoas. Gerado pela falta de fé, falta de fé na realidade de que juntos somos capazes de mudar, falta de fé em Deus, falta de fé no amor, tanto o amor próprio quanto o ao próximo.  Falta dar o devido valor, valor ao próximo, a si mesmo ... é preciso entender que ninguém irá te respeitar sem que você se respeite primeiro. É PRECISO AMOR, amor de pai e mãe, amor de irmão, amor de amigo, amor de marido e mulher, amor de namorado, amor só por amor, sem interesses, sem ideologias, sem orgulho, sem maldade. Porque se houvesse amor, ou melhor, se as pessoas acreditassem no amor, tiroteios não seriam necessários, prisões não existiriam. Utopia? Não, a única solução é essa, propagar o amor, o respeito, a fé. Porque balas disparadas formam novos bandidos, prisões o tornam mais revoltados e não solucionam o problema, invasões não cicatriza as feridas existentes. Estamos lidando com seres humanos que por pior que sejam seus atos, são imagem e semelhança de Deus. Um erro não justifica outro, é preciso propagar amor, não violência. 



“ Onde houver ódio que eu leve o perdão, onde houver discódia que eu leve a união” ( Oração de São Francisco de Assis )

Nenhum comentário:

Postar um comentário